Desenvolvimento Sustentável e Turismo

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  • Este texto é uma resenha crítica do texto de Carlos Alberto Sampaio, “Desenvolvimento Sustentável e Turismo”.

Ele trata sobre um novo estilo de vida para os indivíduos, fazendo uma relação entre a sustentabilidade, as atividades turísticas e a conscientização das pessoas envolvidas neste ciclo. Mostra também a importância do desenvolvimento humano visando uma melhor relação do indivíduo com as questões ambientais, assim perpetuando a existência de ambos.
O desenvolvimento humano é um dos fatores essenciais nessa atividade, pois influencia na permanência da espécie humana. E o desenvolvimento sustentável tem uma definição muito parecida também. De acordo com Sampaio:

A definição apresentada para Desenvolvimento Sustentável era de satisfazer as necessidades da geração atual sem comprometer as necessidades das gerações futuras, evocando a responsabilidade comum de todos os cidadãos a preservar o meio ambiente. (SAMPAIO, p.19, 2004).

Para isto é necessário que os indivíduos tenham um novo estilo de vida relacionada aos meios ambientais. Com essa linha de raciocínio o autor faz a comparação entre o criacionismo e o evolucionismo para explicar o surgimento da espécie humana. O criacionismo afirma que Deus criou o universo e depois o homem com a sua semelhança para dominar as outras espécies. Já no evolucionismo, é afirmado que a espécie humana foi originada a partir de outras espécies animais, um exemplo é o macaco. Esta ultima teoria é baseada na “seleção natural darwiniana”, dizendo que só sobrevivem os membros mais fortes, ou seja, aqueles que se adaptam ao meio.


Através de todas essas teorias e conceitos surge o desenvolvimento sustentável com o objetivo de garantir que a maioria da população tenha um estilo de vida digno e adequado. Podemos visualizar que o autor tem o intuito de tratar as questões sociais, ambientais, turísticas e econômicas mostrando estratégias de geração de renda local unindo todos esses fatores sem desgastá-los. Contudo, surge a problemática ambiental refletindo os impactos gerados pelo homem, fazendo com que possamos repensar nos riscos que são gerados pelo crescimento econômico que não está respeitando a capacidade dos ecossistemas.

Importante citar as Conferências e Organizações que mostram a preocupação ambiental, tais como: a Conferência de Estocolmo, ONU, Rio-92, Carta da Terra, Agenda 21, entre outros. Ambas possuem o intuito de voltar o olhar para as questões ambientais, fazendo com que haja uma conscientização valorizando a importância do meio ambiente. Com a repercussão mundial, surgiram várias críticas dizendo que de fato o que realmente interessava para eles era a acumulação de riquezas baseadas num sistema de reprodução que poderia se tornar inviável pela falta de recursos naturais. Tal crítica é reforçada pelo fato de nem todos os países em desenvolvimento tem interesse nas questões ambientais para a preservação das gerações futuras, mas sim em obter mais riquezas e ganhos materiais.

Um dos últimos pontos discutidos por Sampaio no texto é o planejamento participativo. Esse planejamento tem o intuito de envolver a sociedade civil nas elaborações de ecoestratégias para o desenvolvimento local. É importante essa participação, pois na medida em que a sociedade está interada na tomada de decisões ela começa a ver com outros olhos o turismo e o desenvolvimento sustentável da localidade.

Todos juntos - Foto: Pixabay
Todos juntos – Foto: Pixabay

Para finalizar, o autor explica de forma coerente cada situação até chegar em seu objetivo final. Primeiro ele explica sobre o desenvolvimento humano e como surgiram as espécies, e depois, sobre o desenvolvimento sustentável. Após isso, ele faz a relação entre o ser humano e suas “atitudes” com o meio ambiente. Mostrar o que podemos fazer para desencadear essa situação de uma forma positiva para ambos repensando novas formas de preservação.

Concordo em muitas coisas com o autor, mas acredito que essas Conferências, tais como a Rio +20, Agenda 21, Eco 92, Cúpula da Terra, entre tantas outras… não estão colocando seu papel em prática. Vemos nos noticiários que estão sendo traçadas metas e objetivos para menor degradação ambiental, novos estilos de vida, conscientização populacional, mas nunca vemos os resultados.

Na minha opinião, a maioria dos representantes dos países envolvidos nessas conferências estão mais interessados nos lucros que estão obtendo com os recursos naturais. Estão preocupados também com o esgotamento ambiental, pois se acabarem os recursos eles terão que arrumar outra forma de obter suas riquezas. Por fim, essa obra pode ser dirigida para pessoas que tenham o interesse em obter mais conhecimentos sobre o assunto, para estudantes e profissionais da área do turismo.