Hoje participamos de um minicurso de aperfeiçoamento do turismo religioso no SENAI de Campo Mourão. O instrutor foi Ruben Orlando Moyano. Há vários anos ele vem desenvolvendo um brilhante trabalho na área de turismo religioso no Paraná.
O treinamento é resultado de parceria entre o Governo do Estado e Fecomércio. Estiveram presentes neste evento, além dos alunos e instrutor: Douglas Fabrício (Secretário estadual de esporte e turismo), Angela Kraus (Prefeita de Farol), padre Gaspar, Carlos Alberto Facco (Secretário de Comércio), Nelson José Bisoto (Sindicam), o dirigente do Senac e o proprietário do Salto Boicotó. Haverão mais 3 encontros ainda neste primeiro semestre de 2018.
Afinal, o que é turismo sustentável?
Turismo sustentável passa pelo desenvolvimento sustentável. Conforme o documento “Nosso futuro comum” de 1987 elaborado pela ONU para atingir o desenvolvimento sustentável deve-se atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras.
Segundo Moyano são necessários 3 pilares para existir um Turismo religioso sustentável: deve ser economicamente viável, socialmente justo e ambientalmente adequado. Regionalmente, um dos resultados mais visíveis dessa proposta é o evento Rota da Fé. O evento já completou mais de 50 edições e percorreu quase todos os municípios da região de Campo Mourão.
Como desenvolver um turismo religioso?
Moyano em sua fala defendeu três bases para o desenvolvimento do turismo religioso:
- Ele deve priorizar o respeito ao ser humano;
- Deve incorporar a ética e a moral como base do turismo religioso e sustentável;
- Deve explorar o turismo e não o turista ;
Além destes três fatores, em vários momentos foi citado a importância da união de forças em torno de um objetivo comum. Um turista Pelegrino que visita algum lugar precisa se alimentar, beber algo, dormir em algum lugar…enfim, várias empresas podem se beneficiar da vinda desse turista!
Mas, alguém vai comprar ‘isso’?
Moyano nos mostrou números que provam que sim!
O setor pode movimentar cerca de 20 bilhões de reais no Brasil em 2018. Certamente você deve ter uma tia ou avó que diz que vai pra Aparecida nesse ano!?
No mundo estima-se que mais de 18 bilhões de dólares estão envolvidos com turismo religioso e tem amplo potencial de crescimento. Em valor circulado perde apenas para o turismo de negócios.
Não tem nada de turismo religioso aqui!
Durante nosso treinamento no SENAI foram apontados vários exemplos de que existe SIM.
E existe muito potencial de crescimento nesse sentido!
A Mauritânia citou as cachoeiras de Luiziana, Igreja e capelas rurais, Grutas e vários atrativos rurais. Samuel nos contou sobre o cemitério do Lageado (Mamborê) onde os luteranos e católicos foram divididos.
Duda e Andressa citaram as capelas rurais de Farol, Igreja Ucraniana, Água da Fonte e as cachoeiras.
A Regina citou os eventos esportivos (caminhadas/ciclismo) em Goioerê, parque ecológico e a Paróquia Nossa Senhora das Candeias que guarda relíquias da cruz que Cristo carregou. Milton e Paula citaram, de Mariluz, a Paróquia Santo Antônio, gruta, Paróquia Nossa Senhora de Fátima, assentamento Nossa Senhora Aparecida e capelas rurais. Moyano destacou a importância de Vila Rica em Fênix e defendeu a necessidade de união para desenvolver algo no sentido do turismo religioso sustentável naquela localidade.
O que falta pra desenvolver o turismo religioso?
Eis a questão! Se é tão bom, porque não é desenvolvido? Moyano apontou que faltam informações de qualidade e em quantidade adequada. Precisa-se inovar em ações que desenvolvam e promovam o desenvolvimento do setor. Além disso precisa-se de união entre a sociedade, políticos, empresários e associações organizadas em prol de um objetivo comum.
E você?
Qual sua opinião? O que você acha do assunto? Conta pra gente!