Geralmente reconhecemos senso comum como oposto ao conhecimento científico em seu modo de justificar e transmitir um saber, porém temos certa dificuldade em definí-lo em si mesmo. Buscando uma definição de senso comum a partir da leitura do texto de Chauí (2000) pode se entender que ele é pautado na subjetividade além de ser formado a partir das experiências individuais e coletivas construídas no decorrer do tempo. Ele pode aparecer como mitos, dogmas ou até mesmo como verdades “não cientifizadas”, não é sistematizado e é fruto de experiências cotidianas ( hábitos, preconceitos e tradições).
Outro ponto importante é que raramente é visto que, de certo, conhecimento científico e senso comum podem estar entrelaçados. Afinal, muito do que hoje chamamos de científico em algum momento da história já foi senso comum. Percebemos muito isso na cultura médica dos índios. Muitos dos medicamentos (plantas) que eles utilizavam hoje são princípios ativos de importantes medicamentos a venda nas farmácias mundo afora.
RESUMINDO…
CONHECIMENTO CIENTÍFICO
- Crítico;
- Origem na experiência;
- Busca justificações claras e exatas;
- É submetido a testes, análises e controles com o objetivo de obter informações claras e exatas;
Resultados
- Conhecimento organizado;
- Conhecimento prognosticador;
- Conhecimento geral;
- Admissão de existência de métodos de interpretação de realidade;
SENSO COMUM
- Origem na vivência;
- Fica no imediato;
- Procura explicações nem sempre tão profundas
Resultados
- Conjunto de conhecimentos avulsos;
- Suas predições são justificadas por analogias de senso comum;
- Conhecimento de fatos isolados;
Referência
- CHAUÍ, Marilena. A atitude científica. In: Convite a Filosofia, de Marilena Chauí, Ed. Ática, São Paulo, 2000, Unidade 7, As ciências, Capítulo 1.
- LUNGARZO, Carlos. O que é Ciência. 2ª ed. São Paulo. Brasiliense, 1992, 87p.