Origem da música popular no Brasil: Das músicas tribais à Jovem Guarda

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Flauta Uruá. Aldeia Kamaiurá, Alto-Xingú. Autor: Noel Villas Bôas, 1998. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Ift00054vb00.jpg

Desde os primórdios do nascimento da Terra de Vera Cruz a música se fez presente. Inicialmente com os indígenas, sendo alimentados posteriormente, pela convivência com as culturas européias,  sendo difundidas principalmente pelos portugueses escravos e jesuítas. Antes de 1550 começam a chegar ao Brasil as primeiras remessas de escravos, carregando em sua bagagem suas histórias e culturas. Pouco tempo depois os primeiros jesuítas chegaram ao Brasil na missão de aculturar catequizar os índios e trouxeram junto com isso noções básicas de música européia, sendo os primeiros professores de música da história do país. Daí pra frente basicamente houve a combinação dessas culturas resultou nos distintos repertórios musicais de nossa terra chamada Brasil.
Até o século XVIII a maioria dos compositores é originária dos negros e mulatos, sendo o núcleo mineiro o que dispõe de maior número de documentos desse período.

RUGENDAS, Johann Moritz. Ambiente do Brasil-Colônia, a dança do lundu, 1835. Fonte: Wikipédia.

Com a vinda da Família Real para o Brasil, o intercâmbio cultural com o que era produzido na Europa evidenciou-se e enriqueceu ainda mais o caldeirão cultural brasileiro. Até 1850 destacou-se no Brasil a modinha e o lundu, sendo muito executados nas serenatas e casas de classe média da época. No fim dessa década surge também o choro e o frevo. Ainda nesse século, Chiquinha Gonzaga compôs a primeira marcha carnavalesca de sucesso intitulada “O Abre Alas”, que consagrou-se e é cantada até hoje.
A partir de 1900, os temas nacionais ganham destaque no cenário musical brasileiro e, os rituais e os ritmos de umbanda, candomblé foram oficialmente aceitos como parte integrante da cultura brasileira. Aos vinte anos da mesma década, com a expansão do rádio, surgem novos “ídolos nacionais”. As canções sertanejas ganham espaço no cenário musical brasileiro. A primeira canção que se destacou foi “Cabocla di Caxanga“, de João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense e, posteriormente alguns novos artistas iniciam sua eternização: Tonico e Tinoco, Cascatinha & Inhana, Inezita Barroso, Pena Branca e Xavantinho, Matogrosso e Matias, Irmãs Galvão, Teixeirinha e outros. Ainda nesse mesmo período surgem as primeiras escolas de samba no Rio de Janeiro.
A partir de 1930 ganha espaço o ritmo samba-canção, um “samba de depressivo” (desculpe se fui taxativo). São alguns de seus representantes: Dolores Duran, Emilinha Borba e Caubi Peixoto. Ainda nesse período Noel Rosa compôs seu grande sucesso “Com que Roupa”.
Em 1938, Heitor Villa Lobos, considerado por muitos como “o mais importante compositor erudito das Américas no século XX”, compôs a “Bachiana nº5” que se tornou um dos discos mais vendidos nos EUA. Enquanto isso no Brasil, o fenômeno Carmem Miranda sobe ao palco do cenário musical extrapolando os limites brasileiros indo inclusive à Hollywood participar de alguns filmes. Dez anos mais tarde, a febre rock’in’roll começa a dominar a trilha sonora brasileira se destacando no Brasil cantores como Nora Ney, Celly Campelo (Estúpido Cupido e Banho de Lua), Wilson Miranda e outros. Ainda influência dessa febre foi o fenômeno Jovem Guarda (Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléias, Jerry Adriani, Ronnie Von, entre outros) inaugurado em meados da década de 1960 e o tropicalismo em 1967. Em 1974 o Adoniram Barbosa (o garoto propaganda da Skol e também o maior compositor popular da história da Capital de São Paulo) lançou seu primeiro LP solo após sair do grupo Demônios da Garoa. Ainda sobre o Adoniran Barbosa, ele participou de vários filmes, inclusive com o astro Mazzaropi. Confira um trecho abaixo.

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