Os geógrafos da Nova Geografia atribuíram à região a conceituação de ser originária a partir de questões de classificação ou “taxonomia espacial” (Corrêa, 1997, p. 50). Segundo Carvalho (2002, p.6), como fruto da influência Neopositivista, a análise regional desta corrente é isenta da historicidade, visto que a mesma provém da crítica ao Historicismo da Geografia Tradicional, em especial dos conceitos de La Blache.
- Quais são os “conceitos bases” da Geografia? – T&L (trilhaselugares.com)
- Positivismo Clássico e a Corrente Possibilista – T&L (trilhaselugares.com)
- A Geografia clássica e seus conceitos – T&L (trilhaselugares.com)
- Quais diferenças entre o Determinismo e Possibilismo? – T&L (trilhaselugares.com)
- As correntes do pensamento geográfico em 10 minutos – T&L (trilhaselugares.com)
Assim sendo o reducionismo naturalista é dominante, e, têm na metodologia do uso de dados estatísticos seus principais recursos. Talvez isso explique suas outras denominações: Teorética, Quantitativa e Pragmática.
Esse paradigma epistemológico vê a região reservada com um caráter de classificação, agrupamento, subsidiada por técnicas estatísticas sofisticadas, e por uma linguagem mais burocrática e rica. Aliada a esta maneira de ser ela é amparada por grandes teorias e dados estatísticos, tendo por consequência, o afastamento do trabalho de campo. Por esse motivo muitos autores afirmam que a Nova Geografia representou apenas uma nova maneira de manter a ideologia burguesa dominante até então.
De acordo com Corrêa (2003), a Nova Geografia definiu região como um conjunto de lugares onde as diferenças internas são menores que a existente entre eles e outros lugares. Originada sobre as bases teóricas do positivismo lógico a nova geografia utilizou de técnicas estatísticas para regionalizar as porções da superfície. Nesse rumo, as similaridades e as diferenças entre as áreas foram realizadas a partir da utilização de um conjunto técnico-estatístico que permitisse mensurar os lugares e definir uma divisão regional. Foi uma espécie de “Geografia Estatística”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
- CARVALHO, Gisélia Lima. Região: A evolução de uma categoria de análise da Geografia. Boletim Goiano de Geografia, volume 22, n° 01, jan./jun. de 2002.
- CORRÊA, Roberto Lobato. Região e Organização Espacial. São Paulo: Ática,1986.
- COSTA, Fábio Rodrigues da; ROCHA, Márcio Mendes. Geografia: Conceitos e paradigmas – apontamentos preliminares.Revista Geomae. V.1 N. 2, p 25-56, Jun-dez, 2010.
- MORAES, A.C.R. Geografia: pequena história crítica, 20a ed. São Paulo, Annablume, 2005.