Peixe na cerâmica, o prato típico de Fênix

Prato típico de Fênix- Peixe na cerâmica

Nosso prato típico é o Peixe na cerâmica , criado pela Lei Municipal nº 008/2000. Servindo ocasionalmente em eventos diversos, mas obrigatoriamente na Festa de Aniversário da Cidade, realizado sempre no mês de Julho, pois 25 de julho é comemorado a Emancipação Política do Município. O Peixe na Cerâmica tem tudo a ver com a História do Município, por isso abaixo separamos alguns acontecimentos importantes da história da cidade de Fênix-PR.

Início da colonização da Província

O Tratado de Tordesilhas, celebrado entre Portugal e Espanha em 1494, colocava o atual território paranaense, a oeste de Paranaguá, como sendo espanhol. Esta área, denominada Província del Guairá era povoada principalmente por grupos indígenas Guarani.

O início da colonização da Província del Guairá pelos espanhóis aconteceu em 1554, com a fundação da primeira vila espanhola do Guairá: Ontiveiros, às margens do rio Paraná. Em 1556 ou 1557 foi fundada uma segunda comunidade, Ciudad Real del Guairá, localizada na foz do rio Piquiri. Para lá foram transferidos os poucos habitantes que ainda restavam em Ontiveiros que, com isto, desapareceu.

Ciudad Real (Nova Cantu)

Em fevereiro de 1570, o capitão Melgarejo fundou outra comunidade a leste de Ciudad Real, num local (em que hoje estaria localizado o município de Nova Cantu-PR) onde suspeitava existirem minas de ouro. No entanto, próximo a esta cidade o único metal encontrado foi o ferro, que era extraído de minas das redondezas.

Reduções jesuíticas no Paraná.
Reduções jesuíticas no Paraná. Fonte: http://www.cultura.pr.gov.br/pagina-233.html

Mudança para perto do rio Ivaí

Em 1598, o capitão Guzman determinou a transferência desta cidade para junto da foz do rio Corumbataí no Ivaí, onde hoje está o município de Fênix. Esta mudança foi considerada ruim pelos habitantes da vila, pois no local da primeira fundação existia abundância de recursos naturais e maior quantidade de índios, que trabalhavam sob o sistema de encomienda. A área urbana da segunda fundação tinha cerca de 300.000 m² e ao seu redor existiam muitas chácaras para plantação de subsistência.

A principal atividade econômica na região era a extração da erva mate, que utilizava a mão-de-obra indígena através do sistema de encomiendas. No sistema de encomiendas um grupo de índios era confiado pelo rei a um colono e a seus descendentes pelo prazo de duas ou três gerações, objetivando que os protegessem e os instruíssem nos preceitos da fé católica. Ao final deste período os índios tornavam-se livres.

Os índios encomendados por espanhóis eram reunidos nos chamados pueblos, que se localizavam as margens dos rios Ivaí, Corumbataí, Piquiri e Tibagi, por toda a Província del Guairá.

Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo
Parque Vila Rica – Fênix

Catequização dos Índios

O Estado espanhol tinha uma profunda ligação com a Igreja. Então, parece bem compreensível que em 1607, o governador do Paraguai, Hernandarias, tenha insistido na importância da catequização de tribos indígenas do Guairá, por serem numerosas em relação à quantidade de espanhóis, pois desta maneira se conseguira com maior facilidade a conquista da região. Nesta data Ciudad Real e Villa Rica tinham, respectivamente, 30 e 100 colonos espanhóis e ao seu redor havia cerca de 150.000 índios.

Capelinha do morro - Fênix
Capelinha do morro – Fênix

Assim, a Companhia de Jesus, incentivada pela Coroa espanhola, decidiu fundar algumas reduções de índios no Guairá, de tal forma que em 1610 até sua destruição em 1632 pelos bandeirantes, Villa Rica teve em suas proximidades várias reduções, onde padres jesuítas tentavam catequizar os grupos indígenas da área. Embora antes da criação dessas reduções os padres jesuítas já percorriam o Guairá, inclusive possuindo uma igreja, casa e terrenos dentro da área urbana da segunda fundação de Villa Rica, é importante ressaltar que Villa Rica del Espiritu Santo em si não era uma redução, mas uma cidade colonial espanhola.

O fim de Villa Rica

Desde 1585, os bandeirantes paulistas atacavam a Província Guairá para capturar índios. Em 1632, Villa Rica foi sitiada por três meses, e seus moradores fizeram a sua transferência para a banda ocidental do rio Paraná, sendo que alguns villarriquenhos mudaram-se para São Paulo. Com a notícia do cerco de Villa Rica, os habitantes de Ciudad Real abandonaram a cidade, ficando a Província del Guairá sob o poder dos bandeirantes paulistas, que, entretanto não a colonizaram.

Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo

As próximas notícias que se tem de Villa Rica são de 1770, quando o governador da capitania de São Paulo, D. Luís Mourão, enviou uma expedição ao Paraná, comandada por Francisco Lopes da Silva, que percebeu a impossibilidade de fixação de colonos naquele local. Depois desta tentativa, somente houve a efetiva fixação de colonos e a fundação de cidades naquelas circunvizinhanças a partir da metade do século XX.

Em 1896, o General Muricy juntamente com várias pessoas importantes no contexto político do Paraná, fizeram uma expedição à Villa Rica, pensando lá ser uma redução jesuítica cheia de fantásticos tesouros. O grupo partiu de Curitiba e ficou decepcionado ao encontrar no local somente ruínas de taipa, e apesar do grande número de buracos escavados foram observados apenas fragmentos cerâmicos e escória de ferro.

Em 1948, o governador Moises Lupion promulgou a Lei nº 33, que proporcionava proteção a 10 áreas consideradas remanescentes de “reduções jesuíticas”, reservando como área mínima 121 hectares de terras devolutas. Estas áreas seriam as de: Vila Rica, São Tomé, Arcângelo, Santo Antônio, Jesus Maria e Guairá. Destas 10 áreas, duas eram Ruínas de cidades coloniais espanholas do século XVI: Villa Rica e Guairá; e a única das 10 que atualmente está inserida em um Parque Estadual é a de Villa Rica.

Parque Estadual Vila Rica do Espírito Santo

Atualmente pelo menos uma parte da população de Fênix, e mesmo das regiões vizinhas reconhece que as ruínas de Villa Rica constituem uma herança coletiva, e percebem laços de continuidade com o passado. É como o pássaro Fênix, que deu origem ao nome do município, e representa algo que renasce na memória da comunidade local: a história das populações que habitaram aquela área no passado.

 

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Como fazer um Peixe na cerâmica?

Prato típico de Fênix- Peixe na cerâmica
Prato típico de Fênix- Peixe na cerâmica/ Foto: Município de Fênix

* Ingredientes para 3 cerâmicas – 24 pessoas

  • 16,50 kg de Peixe Pintado
  • 04 kg Batata
  • 03 kg Tomate rasteiro
  • 01 kg de Pimentão
  • 02 kg de Cebola
  • 02 kg de Cenoura
  • 200 gramas de Alho
  • 01 Pacote de Ajinomoto 200 gramas
  • 01 Pacote de tempero Baiano de 100 gramas
  • 01 Vidro de Azeite de Dendê 200 ml
  • 03 Vidro de Leite de coco 200 ml cada
  • Cheiro Verde a Gosto
  • 01 pacote de Sazon 200 gramas
  • 500 gramas de Azeitonas Preta

    Montagem

  • Tempere o Peixe no dia Anterior;
  • Untar a Cerâmica com Manteiga;
  • Colocar um copo de caldo de peixe;
  • Forrar com Cebola e Tomate em rodelas;
  • Camada de Peixe cortado em rodelas de 1,5 cm, camada de Batata e Cenoura pré- aquecida em rodelas, Pimentão, Tomate e Cebola;
  • Repetir a camada novamente acrescentar a Azeitona Preta;
  • Acrescente azeite de Dendê, fechar a Cerâmica;
  • Leve ao fogo ardente por 1,20 hora;
  • Retire e acrescente o leite de coco e deixar mais 20 minutos;
  • Retirar e descansar por 20 minutos e servir na própria cerâmica.
    Acompanhamento: Arroz Branco, Pirão, Vinagrete e Salada de Almeirão.

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